quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Utopia

[Cleber M Paulino]

Amigo, venho lhe dizer,
O passado passou,
"Elvis" não volta.
Não voltam os "Beatles".
Não haverá "Jimmy page".
Esqueça "the doors".
Mais o rock não morreu.
Amigo do peito, lembranças são boas.
Mais viver de utopia não dá.
Sei que sente saudades do que já se foi.
Mais viva o presente pensando no futuro,
Ou morra ausente esquecido e desnudo.
Amigo meu, já lhe disseram que morre o poeta e fica sua obra?,
Pois é meu irmão,
Faça em sua vida algo de bom pra ser lembrado.
No seu acervo mais de mil musicas,
Todas antigas,
Falando da vida, e do que viveu,
Esse passado agora morreu.
Seu cabelo grande, motivo de chacota,
"Rocker's" de hoje não andam de botas.
Não vestem colã, e não tem correntes grossas.
Acorda irmão.
A vida tá indo, você tá ficando,
No espaço esquecido coberto com pano.

Saudades




[Cleber M Paulino]

Já faz tempo.
E eu ainda sinto falta.
Eu sentirei falta por toda minha vida.
Saudades que sinto, e sei que não volta, não volta o tempo não volta imagem, não volta você.
Frase nunca dita, palavras nunca trocadas, olhares tiveram mas claramente nunca dissemos.
Agora lamento.
E vou lamentar, dizer que te amo, agora não dá.
Em pensamentos todos os dias repito que te amo, todas as noites repito que admiro.
Sei que sua vida não foi fácil.
Tantos problemas.
Manter uma família com um único salário, casa alugada, e ainda sustentar vícios.
Os vícios; sua fuga do mundo, fuga essa que lhe trouxera mais problemas, brigas, dores, cirurgias; sequelas que você suportou ao lado da família que nunca abandonou.
Você foi feliz, sei que foi, se divertiu, sorriu. Brincou com a vida, até que à deixou.
Momentos felizes ao seu lado, isso eu guardo.
Queria você aqui por mais tempo.
Egoísmo meu; Sei que esta bem, deixou de sofrer.
Nunca falamos em Deus' mas acreditávamos, eu sei, mesmo você sendo Torrão e nunca dizendo, assim como eu rezava em pensamentos.
Olhe por nos se isso for possível, sua família que o ama, e que sente sua falta.
Pai, você se foi, mais parte ficou em mim.
Sei que está aqui, em meu coração, na minha memoria, nos meus gestos.
Pai você ainda vive em mim.

domingo, 6 de dezembro de 2009

De onde vem.

[Cleber M Paulino]



De onde vem os pensamentos,
vezes vem da cabeça;
Vezes vem do coração;
Vezes vem de algo que vi;
Vezes do que li;
Vezes do que vivi;
Vezes do que reprimi;
Vezes vem dos amigos;
Vezes da família;
Vezes do convívio;
Vezes por livre arbítrio;
Vezes vem do sorriso;
Vezes banhado por lágrima;
Sempre movido por amor.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Nada

[Cleber M Paulino]

Sente como se pudesse tudo tocar, tocar já não pode,
Sente como se tudo pudesse olhar, já não pode ver o sol,
Sente como de tudo pudesse comer, e nem se alimenta,
Sente que suportaria uma maratona, mas já não anda,
Viveu como se vive um atleta, porem viver já não pode,
Nadou como um peixe. Isso sim, nada.
... É a única coisa que lhe resta,
Nada pode, nada vê, nada come, nada toca, nada fala,
Nada... Nada... Nada.

Sem amor

[Cleber M Paulino]

Aquele cigarro que ficou no cinzeiro,
A camiseta rasgada,
A ultima chama acesa do isqueiro,
O ultimo sopro da cigarra,
O sapato velho,
A vidraça quebrada,
As folhas do outono,
O pinheiro na pascoa,
A areia jogada no deserto,
A agua despejada no mar.
Coração sem amor.