sábado, 6 de novembro de 2010

Sonhando outra vez com o amor.

Queria escrever algo belo,
Como Orquídeas de outono,
Fazer um poema singelo,
Pensei em descrever o teu rosto,

Sonhei outra vez com seu corpo,
Acordei com seu perfume em meu corpo,
pensando em fazer um soneto,
um soneto sonoro ao relento.

Queria tocar seu cabelo,
seu comprido cabelo castanho,

Te amei outra vez no meu sonho,
Acordei novamente chorando,
o choro era alegra não era um pranto.

Você retornou para o meu canto,
Alegro-me ao rever seu encanto,
mantenho minha mão em se rosto.
este rosto rosado e risonho.

Seus olhos fintando meu rosto,
nossos lábios se aproximando,
de tão perto enfim se tocando.

Um toque Suave e sincero,
um sincero e suave silencio,
O silencio varreu nosso quarto.

Nossos braços se entrelaçando,
nos meus braços Foi se entregando,
com Saudades do amor, nos amamos.

O fim

Pensei que era apenas um sonho, Achei que voltaria na manha seguinte.
Mas vendo minha família olhando para mim, choravam e falavam baixo.
Meus amigos, todos estavam ali, Senti cheiro de velas e flores, Tinha um padre olhando pra mim.
Estranhei, pois ninguém me ouvia, não pude tocar em nada.
Notei que podia ver meu corpo, Deitado com os olhos fechados, coberto por flores, com um rosto pálido, cabelos cortados e barba feita.
Então bateu o desespero, uma angustia me corroeu por dentro.
Havia tanto que fazer, tantos lugares para conhecer, muitos poemas para escrever. Muitas histórias para contar, muitas pessoas pra conversar, experiências para trocar, muitos uísques para beber.
A paternidade que sempre sonhei não terei.
Vivi pouco, e aproveitei o menor que a vida podia me dar.
Agora, o agora já não há, nada para remediar.
Eis que o fim chegou.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Os tres mal-amados

[João Cabral de Melo Neto]

_Joaquim:


"...O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte."

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O tempo está passando.

Eu vou envelhecendo;
Minha barba passou a crescer;
minha voz engrossou;

O cabelo começou a cair;
Meu corpo se transformou.

Hoje sonho mais conivente com a realidade;
A idade vem avançando cada vez mais depressa.
Sai para conhecer o Brasil.
Varias pessoas passam por mim.
Amigos descartáveis por toda parte.
Me mantenho em um emprego fixo.
Bebo nos finais de semana.
Mantenho os verdadeiros amigos perto de mim;
Mesmo quando eles parecem querer se distanciar.
Trago um sorriso no rosto.

Um maço de cigarros no bolso.
mantenho um semblante feliz.
Uso as mesmas roupas baratas de antes
Perdi meu pai aos dezesseis
Me senti sozinho no mundo
Sai pra beber com meus amigos
Aproveito os feriados para conhecer novos lugares.

Amei...
Pena, criei um bloqueio ao amor,
não permito ser amado.
Escrevo para aliviar a cabeça.
Minha vida vem passando...
Sinto que não fiz nada de especial.
A idade do sucesso se aproxima, e eu ainda sou anônimo.
Meu blog é pouco visitado.
Coisas que escrevo não interessam a ninguém.
Ainda assim continuo vivo;
E quero continuar vivo;
Vivendo cada dia como se fosse o ultimo
Afinal... Assim o é.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Utopia

[Cleber M Paulino]

Amigo, venho lhe dizer,
O passado passou,
"Elvis" não volta.
Não voltam os "Beatles".
Não haverá "Jimmy page".
Esqueça "the doors".
Mais o rock não morreu.
Amigo do peito, lembranças são boas.
Mais viver de utopia não dá.
Sei que sente saudades do que já se foi.
Mais viva o presente pensando no futuro,
Ou morra ausente esquecido e desnudo.
Amigo meu, já lhe disseram que morre o poeta e fica sua obra?,
Pois é meu irmão,
Faça em sua vida algo de bom pra ser lembrado.
No seu acervo mais de mil musicas,
Todas antigas,
Falando da vida, e do que viveu,
Esse passado agora morreu.
Seu cabelo grande, motivo de chacota,
"Rocker's" de hoje não andam de botas.
Não vestem colã, e não tem correntes grossas.
Acorda irmão.
A vida tá indo, você tá ficando,
No espaço esquecido coberto com pano.

Saudades




[Cleber M Paulino]

Já faz tempo.
E eu ainda sinto falta.
Eu sentirei falta por toda minha vida.
Saudades que sinto, e sei que não volta, não volta o tempo não volta imagem, não volta você.
Frase nunca dita, palavras nunca trocadas, olhares tiveram mas claramente nunca dissemos.
Agora lamento.
E vou lamentar, dizer que te amo, agora não dá.
Em pensamentos todos os dias repito que te amo, todas as noites repito que admiro.
Sei que sua vida não foi fácil.
Tantos problemas.
Manter uma família com um único salário, casa alugada, e ainda sustentar vícios.
Os vícios; sua fuga do mundo, fuga essa que lhe trouxera mais problemas, brigas, dores, cirurgias; sequelas que você suportou ao lado da família que nunca abandonou.
Você foi feliz, sei que foi, se divertiu, sorriu. Brincou com a vida, até que à deixou.
Momentos felizes ao seu lado, isso eu guardo.
Queria você aqui por mais tempo.
Egoísmo meu; Sei que esta bem, deixou de sofrer.
Nunca falamos em Deus' mas acreditávamos, eu sei, mesmo você sendo Torrão e nunca dizendo, assim como eu rezava em pensamentos.
Olhe por nos se isso for possível, sua família que o ama, e que sente sua falta.
Pai, você se foi, mais parte ficou em mim.
Sei que está aqui, em meu coração, na minha memoria, nos meus gestos.
Pai você ainda vive em mim.

domingo, 6 de dezembro de 2009

De onde vem.

[Cleber M Paulino]



De onde vem os pensamentos,
vezes vem da cabeça;
Vezes vem do coração;
Vezes vem de algo que vi;
Vezes do que li;
Vezes do que vivi;
Vezes do que reprimi;
Vezes vem dos amigos;
Vezes da família;
Vezes do convívio;
Vezes por livre arbítrio;
Vezes vem do sorriso;
Vezes banhado por lágrima;
Sempre movido por amor.