sexta-feira, 15 de maio de 2009

Solidão

Solitário, sozinho, não tem alguém esperando que retorne de uma viagem.
Não tem um porto para que ancore.
Sente falta do abraço apertado de saudade, o beijo re-confortante, o calor e aconchego do outro, o peso do corpo debruçado sobre si.
Sente falta do perfume. Do ciúme que se sente, do ciúme que se é revelado.
Falta da companhia para os finais de semana.
Falta dos sonhos há dois, falta de parceria para executar projetos.
Falta dos planos para toda a vida.
Saudades da voz que guia na escuridão, das palavras que encorajam.
Saudades das longas conversas ao telefone, das broncas e brigas, discussões sem sentido que quase sempre acabam em caricias.
Saudades do medo, medo da distancia, medo de perder a pessoa amada.
Saudades do que nunca existiu, do que nunca sentiu.
Sente-se só, uma solidão de amor.
Sente falta de quem não chegou a conhecer.

(Cleber m Paulino)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Subitamente

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce

Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti.



(Samuel Rosa Nando Reis)

terça-feira, 12 de maio de 2009

Sempre é de vinho.

Uma taça de vinho, sempre é de vinho.
Um beijo é beijo.
Um sentimento é sentimento.
Um sorriso é sorriso.
Um amor é amor.
Uma lágrima é lágrima.
O luar é luar.


O luar é beijo.
Uma lágrima é amor
Um sorriso é sentimento.
Um sentimento é lágrima.
Um amor é luar.
Um beijo é sorriso.
Uma taça de vinho sempre é de vinho.

Um beijo sobre o luar, após uma taça de vinho traz consigo um sorriso levado há um sentimento encontra-se o amor, fatalmente transformado em lágrima, escondendo o sorriso, ofuscando o amor sentindo falta do beijo ao luar com uma taça de vinho.



(Cleber M. Paulino)

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Minha caneca se partiu.

Oh, minha caneca se partiu;
E ninguém viu;
É como se tudo que faço pareça vil;
Meus planos, nunca os vi fluir;
como deveria reagir;
A caneca amada que caiu;
Nada explicado foi;
Ela apenas partiu;
Como o sonho que não vivi;
Deveria recolher seus cacos para uni-los?
Deveria sonhar novamente para tentá-lo viver?
Deveria não amar quem já amei?
Pensei em outra caneca possuir;
mais não seria como aquela em que tantos anos me serviram;
Servirá apenas de consolo, mais consolo não me fará sorrir.

(Cleber Moreno Paulino)